Um gás nobre (também conhecido por gás raro) é um membro da família dos gases nobres da Tabela Periódica, que pertencem ao grupo 18, sendo assim têm 8 como número atómico. O termo “gás nobre” vem do fato que, do ponto de vista humano, nobre é aquele que geralmente evita as pessoas comuns. Logo,receberam essa denominação devido ao fato de não se combinarem com facilidade aos demais elementos conhecidos, já que possuem uma baixa reatividade. A justificativa para essa baixa reatividade deve-se ao fato de possuírem baixa afinidade eletrônica e alta energia de ionização.
E não formam facilmente compostos químicos porque todos os gases possuem orbitais dos níveis de energia exteriores completos com eletrões.
Apesar da dificuldade, os Gases Nobres podem formar compostos com outros metais. À medida que os átomos dos Gases Nobres crescem na extensão da série tornam-se ligeiramente mais reativos.
Todos esses elementos são gasosos em temperatura ambiente (daí o fato de serem chamados de “gases”) e são encontrados na natureza na forma isolada. Isso acontece porque eles são estáveis e possuem pouca reatividade em condições ambientes. É inclusive por isso que eles são chamados de “nobres” ou “raros”.
A razão dos tais serem estáveis é por que têm 8 eletrões de valência, logo têm os níveis completos, com exceção do Hélio, que tem 2 eletrões de valência, visto assim também tem os níveis completos, sendo este o motivo do mesmo fazer parte do grupo 18.
CURIOSIDADES:
Hélio: Seu nome vem do grego helios, que significa “sol”, porque ele foi descoberto primeiro no Sol antes que na Terra. Em 1868 o astrônomo francês Pierre-Jules-César Janssen notou uma linha espectral amarela no espectro do sol, e depois de alguns estudos sobre isso, o astrônomo inglês Norman Lockyer percebeu que se tratava de um novo elemento, que ele chamou de hélio. Aqui na Terra o hélio foi descoberto na cleveíta, um minério de urânio, pelos cientistas Ramsay, Lockyer, Cleve e Langlet.
O hélio é um gás muito leve, sendo usado para encher balões e misturado com o oxigênio para tratamento de asma, pois assim se reduz o esforço muscular da respiração.
Néon: Seu nome vem do grego neos, que significa “novo”. Isso porque antes dele ser descoberto em 1898 pelo químico e físico escocês Sir Willian Ransay, os cientistas achavam que já não havia mais nada de novo para se descobrir na atmosfera. Ele foi isolado por esse cientista em parceria com o químico inglês Morris William Travers (1872-1961). Um ponto importante é que Sir Willian Ransey recebeu o prêmio Nobel de Química em 1904 por seu trabalho experimental, inclusive a descoberta e isolamento da família de gases nobres.
O néon é o quarto gás mais abundante na atmosfera e é extremamente estável, não se conhecendo até hoje nenhum composto seu.
Argônio: Seu nome vem do grego argos, que significa “preguiçoso”, em razão de sua inércia química, isto é, baixa reatividade. Ele foi isolado em 1894 por Sir Willian Ransay e Lorde Rayleigh.Esse gás foi o primeiro gás nobre a ser descoberto aqui na Terra, e ele é usado em lâmpadas especiais, válvulas de rádio, em contadores Geiger, em atmosfera inerte para soldar metais com arco elétrico (descarga elétrica), em extintores de incêndio e nos letreiros luminosos, sendo que os que contém argônio a baixa pressão possuem cor vermelha, mas se for a alta pressão, a cor é azul.
Criptônio: Seu nome vem do grego Krípton, que significa “oculto”, isto porque o Criptônio é um gás raro na atmosfera terrestre, da ordem de 1 ppm (partes por milhão). Ele é usado em lâmpadas incandescentes e fluorescentes usadas principalmente em aeroportos e também em projetores cinematográficos e em flash fotográfico para fotografar em altíssima velocidade. O laser de Criptônio é usado na medicina para cirurgia da retina dos olhos.
Xenônio: Seu nome vem do grego xénos, que significa "estranho", “estrangeiro” ou “convidado”, sendo descoberto por William Ramsay e Morris Travers em 1898 nos resíduos resultantes da evaporação dos componentes do ar líquido. Ele pode ser usado como anestésico geral, em projeções de foguetes espaciais, em tubos eletrônicos e em lâmpadas ultravioletas (usadas em bronzeamento artificial), nos displays de plasma para os modernos televisores e em lâmpadas especiais de faróis de veículos.
Radônio: O radônio recebe esse nome porque ele foi descoberto no ar que circundava os sais de rádio, tornando-o radioativo e foi então chamado de “emanação do rádio”. Em 1904 William Ramsay viu que devia se tratar de um novo gás nobre, porque as suas linhas espectrais eram semelhantes às do argônio, criptônio e xenônio. Ele foi isolado pela primeira vez em 1910 por Ramsay e Robert Whytlaw-Gray (1887-1958). O radônio é empregado no tratamento de alguns tipos de cânceres (braquiterapia). Ele também é usado como indicador de possíveis falhas geológicas e de terremotos, tendo em vista que ele é liberado pelas rochas que o contém.